21/07/2016 NOTÍCIAS

Claretiano Solidário: missão que proporciona ensinamentos e aprendizados

A segunda edição do projeto Claretiano Solidário deste ano, que aconteceu entre os dias 1º e 10 de julho, nas cidades de São Miguel do Guaporé e Seringueiras, região Norte do País, proporcionou ensinamentos à população de cada região e muito aprendizado aos voluntários claretianos.

 

Uma das voluntárias é Gabriela Ayres Sousa Oliveira, 22, é aluna do 5º ano de Fisioterapia, que participou pela primeira vez do projeto desenvolvendo ações de prevenção à doenças e promoção de saúde na cidade de São Miguel do Guaporé, que na sua opinião é um local muito acolhedor: “Foi uma experiência fantástica na minha vida participar do projeto. Aprendi a importância da solidariedade uns com os outros, do trabalho em grupo e vi, na prática, a importância da minha profissão na saúde primária”, conta a estudante ressaltando que desde 2012 tinha expectativas de participar do projeto. “Participei de uma palestra com alunos de outras missões. Eles contaram suas experiências e percebi que era algo fantástico.  Desde então me inscrevia todos os anos para poder viver essa experiência também”, disse Gabriela.

 

No 5º ano de Enfermagem, Jheinifer Carolayne Silveira Bernardo, 21, também participou da segunda Missão de 2016 do Claretiano Solidário. “O que me motivou a participar foi a vontade de conhecer culturas diferentes e colocar em pratica o que aprendi durante a faculdade”, conta. No projeto, Jheinifer teve a oportunidade de ser voluntária na cidade de São Miguel do Guaporé e nas aldeias. “O que me chamou bastante atenção, tanto na aldeia quanto na cidade, foi a maneira na qual eles nos acolheram”, lembrou. Na oportunidade ela prestou serviços de aferição da pressão arterial, glicosemetria e orientações sobre alimentação. “Aprendi muito durante esse período, vi que as vezes reclamamos demais, sendo que temos mais condições, mais assistência e mais acesso a saúde”, conta.

 

O estudante do 4º ano de Nutrição, Diogo Manoel da Silva, 23, foi voluntário em Seringueiras.  Lá ele trabalhou com aferições de peso e de altura, orientações sobre o IMC (Índice de massa corpórea) e orientações nutricionais.  “É sempre bom transmitir o conhecimento que venho adquirindo durante os quatro anos de graduação”, explica. Além disso, o estudante conta que a sua bagagem de conhecimento voltou mais cheia do que foi, principalmente por conta da cultura e costumes da região que são diferentes dos nossos. “A minha maior lição foi perceber que a população de lá é feliz com poucos recursos. Lá eles são sempre unidos e sorridentes, mostrando que tudo que tem foi Deus que concedeu, sendo muito gratos por isso”, relata.

 

Por se tratar de uma cidade muito pequena, segundo o estudante, onde os missionários passaram os habitantes já sabiam da visita e do que se tratava. “Os beneficiados pela nossa missão ficaram bastante gratos, principalmente os da zona rural e quilombo, onde é mais difícil o acesso de informações relacionados a saúde. Era visível nos rostos dos quilombolas a satisfação de serem contemplados com esses atendimentos. Daí vemos a importância que a missão representa para essa população”, pondera Diego.

 

A professora coordenadora do curso de Serviço Social de Rio Claro, Viviane Cristina Geraldo, 41, também participou pela primeira vez do Claretiano Solidário sendo voluntária em Seringueiras. Juntamente com a aluna de Terapia Ocupacional Viviane, ela realizou palestras sobre ‘Limites e amor na criação dos filhos’ e ‘Direito da gestante e do bebê’, participou de diversas atividades e visitas. “Trouxe muito aprendizado e aprendi muito com as mulheres da Pastoral da Criança sobre a metodologia de trabalho aplicada lá, além de aprender com a população sobre solidariedade e costumes locais, mas principalmente aprendi a valorizar diferentes culturas e costumes”, conta.

 

Saiba mais

 

No total 43 pessoas, entre elas alunos dos cursos de Educação Física, Serviço Social, Pedagogia e Música (de Rio Claro), Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Enfermagem, Estética e Cosmetologia, Nutrição, Agronegócios e Educação Física (de Batatais), além de professores e colaboradores participaram desta etapa.

 

Ligia Helena de Castro, 23, aluna de Estética e Cosmética, viajou pela primeira vez para São Miguel do Guaporé para ministrar o curso de maquiagem e automaquiagem. “O que mais me marcou foi ajudar as pessoas sem esperar nada em troca. Tudo isso me proporcionou um grande aprendizado, pois receber a gratidão dos moradores foi muito bom. Com certeza essa missão marcou minha vida”, conta.

 

As viagens que são realizadas três vezes ao ano: na Semana Santa, em julho e em outubro tem o objetivo de desenvolver diversos tipos de atividades com a ajuda de uma equipe multidisciplinar. Essas atividades envolvem, por exemplo, a capacitação de professores e agentes educacionais e de saúde, orientações para alunos, nas escolas estaduais e municipais. Além disso, são realizados mutirões da saúde onde são feitas análises de diabetes, pressão arterial, IMC (Índice de massa corpórea), orientações nutricionais, orientações posturais, higiene e cuidado com as crianças. Há também orientações para produtores rurais com a intenção de agregar valores em seus produtos, além de orientações para indígenas e quilombolas. São realizadas também diversas atividades na área pastoral, entre elas, na pastoral da criança, do idoso, dos jovens, além das famílias assistidas que residem nas regiões e comunidades rurais.

 

Para o estudante do 4º ano de Sistemas de Informação, Danilo S. Nascimento, 23, que foi voluntário em São Miguel do Guaporé, ensinando o básico e o intermediário em informática em pouco tempo de curso, as pessoas souberam aproveitar o máximo daquilo que foi oferecido a elas. “Elas eram sempre pontuais. Percebi que todos tinham a necessidade de aprender, porém com uma humildade fora do comum, agradecendo sempre por aquilo que achamos ser pouco, com sorrisos, abraços e palavras, coisas que não somos acostumados a ver no nosso dia a dia”, conta.

 

O Projeto que iniciou sua trajetória no Estado do Mato Grosso, em 2004, tem o intuito de apoiar os Missionários Claretianos que desenvolvem atividades missionárias no local. Tendo como premissa que a educação é a melhor forma de construir um mundo melhor, o Claretiano Solidário volta suas ações solidárias para as áreas de Pastoral, Educação, Saúde, Administração e Estética.     

     

     

    

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